Meu corpo, minhas regras, mas pode abusar da minha mente DTP – 7/25
04/04/2022
Enquanto há muita preocupação com a preservação e o respeito ao corpo, pouco se fala sobre os abusos cometidos contra…
Enquanto há muita preocupação com a preservação e o respeito ao corpo, pouco se fala sobre os abusos cometidos contra a mente
Valoriza-se o corpo, esquece-se da mente
Se o teu corpo fosse entregue a outra pessoa, ficarias indignado. No entretanto, entregas a tua mente a qualquer um que apareça para que ele possa abusar de ti, deixando-a perturbada e apreensiva. Não tens vergonha disso?
Epicteto
Antes de analisar a frase é preciso saber um pouco sobre seu autor.
Epicteto foi um filósofo grego, nascido em 55 d.C., e que viveu boa parte da vida como escravo, em Roma.
Apesar de a data de sua libertação ser incerta, diz-se que ele só deixou a escravidão por volta dos 40 anos de idade, mas, em seguida, foi exilado pelo imperador Domiciano.
Portanto, como alguém que não teve controle nem mesmo sobre o próprio corpo, ele se ocupava em ter uma mente livre.
Não por acaso, Epicteto pertenceu à Escola Estoica, uma corrente filosófica cujo foco principal está na realidade, valorizando o que se pode controlar, sem sofrer com o que está fora do alcance humano.
Sendo assim, ele só poderia ter uma vida de qualidade se realmente praticasse o que pregava; afinal de contas, quem pode ser verdadeiramente livre se basear sua vida em crenças, paixões e sentimentos que nem pertencem a si mesmo?
Em outras palavras: quem pode ser feliz se suas ações forem fundamentadas no pensamento dos outros?
Não é preciso ser um grande estudioso para saber que a sociedade atual vive exatamente o contrário disso.
A supervalorização da opinião alheia tem feito as pessoas se submeterem a uma espécie de escravidão, onde se veem presas a uma rotina exaustiva de trabalho para comprar coisas que não podem pagar e que, no fundo, só querem possuir para impressionar pessoas que nem sequer conhecem.
Vivem em um mundo irreal, que se baseia em crenças rasas, paixões irracionais e sentimentos que vêm e vão.
Estamos em um mundo onde todos são controlados pelo que a publicidade — bancada por indústrias bilionárias — dita estar na moda ou fora dela.
As roupas não são para cobrir o corpo, são para impressionar, seduzir, chocar.
A cor, o corte e a forma de pentear os cabelos têm de acompanhar as últimas tendências.
As formas do corpo precisam atender a padrões altamente artificiais, que nem a natureza nem nenhum tipo de atividade física podem proporcionar.
Seu corpo, suas regras. Será?
Quanto mais a sociedade aprisiona as pessoas nessa roda dos ratos, mais promove crenças, paixões e sentimentos para vender uma falsa ideia de liberdade.
Enquanto os holofotes são cada vez mais direcionados ao estabelecimento de regras para o corpo e tudo que é exterior, nas sombras, a mente se tornou uma presa fácil, vítima de todo tipo de abuso, sem que quase ninguém se importe.
Você não tem vergonha disso?
Nos vemos!
Confira os desafios anteriores clicando nos títulos abaixo:
Não esconda um defeito atrás de uma qualidade – DTP 1
Carência: porta aberta para todo tipo de perigo – DTP 2
Sucesso demora, dói e dá trabalho – DTP 3
Você está no ambiente certo? – DTP 4
O que mais limita o seu crescimento – DTP 5
Cuidado com o que você pede – DTP6
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uma vergonha mesmo, e ainda achamos normal…
Simples, direta e certeira.
Essa palavra, todos que lerem e praticarem, aí sim, vamos mudar o rumo de muitas vidas.
Que infelizmente, apenas entraram numa fila cheia de pessoas, rumo a porta larga.
Att mais ??
Que o Senhor possa penetrar e invadir e mudar os ?
Verdade. Infelizmente a mídia é as redes sociais tem tentado direcionar a nossa opinião, e moldar nossa forma de pensar.
Sim, Patrícia! Tenho lutado para fazer vista grossa com ações que estão me massacrando, mas não é possível. O silêncio tem sido minha alternativa.
E tá chegando aquele momento de entrarmos numa realidade paralela onde só se fala de política até à eleição. Não sei se você vai escrever sobre lá no R7 mas aguardo ansiosamente suas análises políticas. Esse ano quero acompanhar de perto. Me dei muito mal rodeada por pessoas ideológicas, apaixonadas, militantes e militontas, muitas vezes. Dei um passo em falso numa reunião e isso está me custando uma promoção. Acho que vou ter que sair do departamento. Aprendi na dor a lidar com a saúde mental alheia e a canalhice também. Posso falar por experiência própria que as paixões estão cada vez mais incontroláveis e insanas. Até pensei em sair da capital e levar outro tipo de vida.
Vamos falar sim, Adri. Mas só se vc me deixar usar o “militonta”… hahahahahahaha
Devidamente autorizado, Paty! Tem o termo “militonto” também, rsrsrs.
Ótima reflexão, realmente devemos ter vergonha disto e mudarmos para que possamos vislumbrar um futuro melhor para nossa sociedade.