Quem foge do sacrifício vive uma vida de sacrifícios – 96 de 100

Vamos dar sequência ao pecado de Jeroboão e suas consequência, fazendo uma analogia com os cristãos de hoje. Acompanhe!

Você pode fugir de qualquer coisa, menos do sacrifício

Particularmente, conheço cristãos de diversas denominações e linhas filosóficas e sei que, apesar de professarmos a mesma fé, podemos divergir em algumas questões. Amigavelmente, claro!

Creio que a maior fonte de divergência hoje seja o dízimo, pois enquanto alguns (como eu) creem que a devolução do dízimo deve ser praticada até hoje, alguns creem que esse mandamento foi invalidado no Novo Testamento.

Meu pensamento como dizimista fiel se baseia em dois pontos: um bíblico e outro pessoal.

Do ponto de vista bíblico, me apego à passagem que Jesus disse que não veio revogar a lei, mas sim, cumpri-la.

Jesus, além de cumprir todos os mandamentos, renovou a aliança de Deus conosco.

Nessa renovação, Ele se entregou como sacrifício perfeito, já que os sacrifícios de animais da época da lei mosaica eram imperfeitos.

Jesus ensinou que “dar a outra face” é muito mais difícil do que seguir o “olho por olho, dente por dente”.

Ele também disse que, em vez de amarmos nossos amigos e odiarmos nossos inimigos, devemos amar os nossos inimigos e ainda por cima orar pelos que nos perseguem, para que possamos nos tornar filhos do Pai, que está no céu.

A nova aliança nos transformou de servos em filhos, por isso, nosso sacrifício hoje, na época da graça, é ainda maior do que o cumprimento da lei.

Afinal de contas, antes, um adultério só acontecia diante do ato consumado, mas hoje, só o fato de olhar e desejar outra pessoa já é adultério. Você acha que ficou mais fácil? Claro que não! Mas para ser filho é preciso sacrificar mais!

Do ponto de vista pessoal, penso o seguinte: se o dízimo é realmente desnecessário e eu o devolvo sem necessidade, o que eu perco com isso? Dez por cento da minha renda?

Ainda que eu esteja errada, estou honrando a Casa de Deus com os meus bens e isso é algo muito importante, pois não é possível levar o Evangelho a toda criatura sem dinheiro.

Agora a questão é: e se eu estiver certa? O que vai acontecer com quem não cumpriu esse mandamento? Não quero nem pensar!

Honestamente, não vou me arriscar por causa disso de jeito nenhum! O meu dinheiro não é o meu deus, assim como o bezerro não era o deus dos hebreus.

Meu testemunho fala por si só

Tenho sacrificado para ser fiel no dízimo há mais de 35 anos e posso garantir que esse sacrifício é o que faz com que eu tenha uma vida financeira segura e confortável.

Eu tenho uma casa excelente em um bairro nobre da minha cidade, não passo calor nem frio porque todos os ambientes são climatizados, na minha mesa não falta nada, não dependo de transporte público (que deveria ser uma opção, mas em muitos lugares não é!), me visto da forma que gosto (aliás, tenho um closet até beeeem exagerado!), viajo confortavelmente, me hospedo em bons lugares, enfim… não me falta absolutamente nada.

Por outro lado, vejo cristãos que resistem ao dízimo, mas vivem uma vida que é puro sacrifício…

Estão sempre financeiramente na corda bamba, têm que se virar todo mês para conseguir pagar o aluguel, passam todo tipo de necessidade, no calor dormem mal, no frio não têm roupa, quando adoecem vão para a fila do SUS, comem o que dá, às vezes não podem comprar nem o básico, quando viajam voltam devendo, enfim…

Negar esse sacrifício só gerou outros muito maiores. E isso sem tocar no assunto do mau testemunho, pois se somos filhos de um Deus riquíssimos, por que haveríamos de passar por tantas privações?

O post de hoje não é uma crítica, pois quem tem fé para comer carne não deve criticar quem tem fé só para comer legumes. Mas este é um ponto de vista que deve ser considerado, principalmente por aqueles que servem a um Deus tão grande, mas vivem uma vida tão pequena.

Pense nisso e prepare-se para os próximos desafios.

Até amanhã!