Quem não vive para servir, não serve para viver
29/11/2022
O post de hoje traz um panorama da triste situação que estamos vivendo. Confira! Como uma pessoa pode destruir a…
O post de hoje traz um panorama da triste situação que estamos vivendo. Confira!
Como uma pessoa pode destruir a imagem de uma empresa
Vamos de história real para ilustrar o que eu e você NUNCA devemos fazer com nossos clientes?
Meses atrás, comprei a cozinha cenográfica para nosso novo estúdio (YES!!!) pela internet e optei por contratar também o serviço de montagem.
Os móveis foram entregues antes do prazo – coisa que me deixou bastante satisfeita – e a montagem ocorreu na data e horário combinados.
O montador fez as adaptações necessárias, como o encaixe do sifão da pia, uns acertos de altura para encaixar os fornos e uma abertura para não inutilizar uma tomada.
Foi um serviço tão excelente que ficamos de boca aberta, afinal, isso está raro de acontecer nos dias de hoje…
Como precisávamos de outro gabinete, desta vez para um banheiro, compramos no mesmo site e novamente contratamos a montagem.
O móvel foi entregue 10 dias antes do prazo (uhuuuu!), mas o montador não conseguiu vir antes.
Até aí, tudo bem, pois eles têm sua programação. Mas como tivemos de esperar esses 10 dias com o móvel já entregue, não dava para deixar uma caixa de papelão de 1,50m dentro do banheiro esse tempo todo.
Porém, ao ver que a caixa do produto não estava DENTRO do banheiro, o montador ligou para a empresa e fez uma RECLAMAÇÃO a nosso respeito, dizendo que o móvel “não se encontrava no local de montagem” .
Detalhe: a caixa estava no cômodo a poucos metros do local, até porque eu não moro em um palacete onde é preciso percorrer grandes distâncias para chegar de um cômodo a outro! hahahaha
Aí você já calcula o clima de ter uma pessoa dentro da sua casa reclamando de você mesma! Enfim…
Não contente com isso, o montador reclamou para o meu marido sobre o sifão:
“Mas aqui tem um sifão! Eu não faço nenhuma adaptação no móvel!”
“Então, você faz o que exatamente?”, perguntou o meu marido.
“Eu só monto!”, disse ele.
“Mas se isso é um gabinete de lavatório, como não teríamos um sifão?”, questionamos.
A conclusão é que o montador RECLAMOU disso também para a empresa.
O que você acha que a atendente da empresa fez:
a) Pediu que o montador nos atendesse da melhor maneira possível;
b) Pediu que o montador resolvesse e parasse de reclamar do cliente;
c) Ligou para mim para me dar uma bronca.
Se você escolheu a alternativa “c”, acertou!
Sempre é possível piorar!
A atendente começou a falar, sem parar, que eu não estava “cumprindo a minha parte”, pois o móvel “nem sequer estava no local de montagem” e que “se acontecesse alguma coisa no ‘transporte’, a senhora ligaria aqui pedindo outro móvel”, blábláblá…
Ouvi a primeira bronca (sobre ser uma descumpridora de regras) e, quando tentei esclarecer, ela engatou já segunda bronca, sem nem respirar:
“E tem mais: o nosso montador não tem a menor obrigação de fazer adaptações nos móveis, a senhora está entendendo?”
Ela repetiu as broncas por mais duas vezes e eu tive de pedir permissão para poder falar. Sério! Eu não estou brincando! Eu tentava falar e ela dizia: “Senhora, eu não terminei!” e tornava a repetir a mesma ladainha.
Por fim, eu fiz exatamente esta pergunta: “Agora que você repetiu tudo duas vezes e eu te ouvi, você poderia ouvir o que eu tenho a dizer?”
A resposta: “Pode falar, mas acontece que…” e repetiu TUDO pela terceira vez!! Inacreditável…
Finalmente, depois de alguns minutos consegui dizer que o montador anterior foi EXCELENTE e que fez as adaptações necessárias para instalar a cozinha, mas ela logo me cortou, levantando a voz:
“NÓS SABEMOS DISSO! Inclusive, tomamos providências quanto a esse montador, porque ele NÃO PODIA TER FEITO ISSO!”
Não aguentei e disse:
“Você está me dizendo que a empresa penalizou o montador que fez um trabalho excelente, e que foi o responsável por eu ter contratado os serviços de vocês novamente, e está achando certa a conduta de outro que se recusa a atender o cliente com a mesma excelência que o anterior? Porque se for isso, vocês têm algum problema!”
Resumindo: ela gritou comigo, disse que o outro ERROU, que o montador NÃO iria executar o serviço porque “estava tudo errado” e que eu não estava permitindo que ela passasse as devidas explicações. “Portanto”, sentenciou a atendente: “estou CANCELANDO esse pedido e a senhora providencie a montagem por sua conta!”
Veja como uma empresa pode se autodestruir:
• Reafirma como certa a conduta de um prestador de serviço que não tem a menor vontade de servir o cliente;
• Pune o prestador de serviço que nos atendeu maravilhosamente bem;
• Coloca uma pessoa mal-educada e arrogante para lidar com o cliente ;
• Despede o cliente como se ele não fosse bom o bastante para merecer ser atendido por ela.
Moral da história:
O ato de servir, tão nobre e tão generoso, está desaparecendo e, infelizmente, teremos de nos acostumar com isso.
Porém, o que não podemos nos acostumar jamais é que nós sejamos como esse segundo montador.
É preciso lembrar sempre que ainda que todo mundo esteja fazendo o errado, ele continua sendo errado. E ainda que poucas pessoas estejam fazendo o certo, precisamos continuar fazendo o certo.
Você já passou por alguma situação parecida? Compartilhe com a gente o que você aprendeu!
Nos vemos!
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Posso imaginar a gastura que foi passar por isso. Por mim, a burocracia para encaminhar um processo sobre esse “péssimo atendimento” (pra não citar coisa pior) nos ditos órgãos competentes nem compensa a desforra de tamanha petulância.
Apesar deste pesar, torço pra você apresentar em breve essa novidade com sucesso e muita receita boa! Abraço.
Chocada com essa situação Patricia… Graças a Deus nunca passei por algo assim.
Meu Deus!!
Que horror essa atendente.
Coitado do montador que um bom trabalho.
Olá, Patrícia! Penso que estou em “outro planeta”… acredita que tive que ler ao menos 3 vezes o texto de hoje porque não estava consigo conciliar meu “tico e teco” ?!? (rs…rs…) Poderia até acrescentar “Ah, Patrícia é uma pessoa famosa e essa situação jamais aconteceria com ela, blá, blá, blá”. Estou simplesmente “passada”, aconteceu com Patrícia Lages e, sim pode acontecer uma situação semelhante com qualquer um de nós “seres normais”. Peço mil desculpas, porém “a pergunta que não quer se calar”, já fez ou não a instalação do móvel “você mesma”?!? Depois de tanto tempo sem “nos falar” através dos seus textos com tantos ensinamentos relevantes, desejo que essa situação tenha sido resolvida da melhor forma possível e, que possamos aprender mais essa lição partilhada. Muito obrigada. Abraços e até breve!
Como isso aconteceu HOJE (hahahaha) ainda não montamos, mas meu marido vai montar esta semana!
Tem pessoas que sâo inconvenientes até na maneira como tratar bem os outros.
Fico indignada com certas situações que passamos .
Bjssss Paty
Oi…
Estava com saudades…
Muito triste essa situação.
Eu não sei se minha paciência e educação chegariam aos pés da tua ??♀️?
Provavelmente eu tentaria contato com o superior dessa pessoa e, se não tivesse sucesso, cancelaria a compra e ajuizaria uma ação nas Pequenas Causas por danos morais.
Fiquei tremendo só de ler ?
Parabéns pela tua postura. Ainda chego nesse nível ???
Bjosss. Angélica.
Meu Deus! É inacreditável isso, foi “desmantelo” em cima de “desmantelo”.
Comigo nunca aconteceu nada nem perto disso. Mas como me conheço, venderia esse móvel e compraria outro, com certeza, porque toda vez que olhasse para ele ia me lembrar de tudo novamente.
Mesmo não tendo passado por nada semelhante, uma coisa que venho fazendo até antes mesmo da pandemia, é dar prioridade a comprar e/ou contratar do pequeno e médio negócio, o tratamento
é outro e você sabe que realmente aquelas pessoas estão se dedicando ao máximo pois é sua empresa, é de onde sustenta sua família. Estou desistindo das grandes empresas, infelizmente são muitas notícias de mal atendimento sofridos que chegam no dia a dia.
Espero que vocês superem logo todo esse estresse. Beijos
Eu gostei muito do móvel e sempre que olhar para ele vou lembrar de atender bem meus clientes! hehehe
Grande ensinamento nas suas palavras Paty. Que não sejamos como esse segundo montador, mesmo que certas empresas valorize esse perfil de funcionário, infelizmente isso acontece nas relações trabalhistas também.
Não sei se dói risada ou se choro! Kkk
Cada dia que se passa fico mais perplexa com a atitude das pessoas. A inversão de valores está em todos os lugares. Eu acredito em você e já passei por algo parecido. Haja paciência!
Boa noite, Patrícia,
A sua história me fez refletir sobre algo.
Semana passada passei numa farmácia para comprar algumas coisas. Após pagar, o caixa me deu cupom fiscal com a coluna dos valores apagada (problema de impressão). Eu pedi que me entregasse um cupom legível para que eu conferisse os valores cobrados.
O rapaz ficou irritado e disse que tinha pedir ao gerente para fazer o serviço. Em seguida, falou com uma moça, batendo a mão na perna indignado com o meu pedido (ele não estava num bom dia). Cheguei perto dos dois e educadamente disse que era meu direito e não entendia o motivo da irritação.
O gerente chegou e disse que poderia imprimir uma DANFE, mas que a impressora estava com problemas, também.
Infelizmente não acionei o botão do “domínio próprio”, e respondi que estava irritada e queria devolver a compra. Ele ainda insistiu educadamente, mas eu não aceitei.
Assim que ele fez o termo de devolução (e eu certa que receberia o dinheiro de volta, na hora), fui informada que o crédito aconteceria em até 72h00. E, claro, a madame aqui não teve a dignidade de se arrepender, se desculpar e deixar para lá.
Resultado: fim de mês, com pouco dinheiro no banco, tive que pedir a uma amiga para depositar o valor na minha conta para que pudesse fazer a compra novamente, com a promessa de devolver imediatamente após acontecesse o crédito da farmácia.
Eu fiquei arrependida, envergonhada, brava comigo mesma já que, além de não ter conseguido comprar tudo o que precisava (lá era o local mais em conta), ainda estou amargando a espera do valor ser creditado para mim.
Enfim, o que aconteceu com você, infelizmente é triste e mesmo que eu julgasse a empresa, a moça, o montador mal educado, antes disso achei melhor confessar o que aconteceu comigo; e mais: ainda falta volta lá e pedir perdão pelo meu erro.
Eu falhei, mas quero me corrigir.
Vivemos testes de paciência diariamente!
Como os valores estão invertidos, de ponta cabeça… onde vamos parar?
Excelente matéria
Impressionante Paty, a empresa pune o bom e premia o ruim…
Excelente matéria Dra . Patrícia , muito bom.
Tento sempre me lembrar quando estou trabalhando que devemos fazer o gosto do cliente
Boa noite eu que tenho casa grande e sempre estou precisando de serviço de pedreiro, marceneiro, serralheiro só passo nervoso porque nunca fazem nada direito . É feito o serviço e não tira nem o entulho.
Sei bem como é….
Por isso, a importância de falarmos sempre sobre empreendedorismo.
Para que os bons profissionais saiam – isso mesmo – saiam dessas arapucas em forma de empresas e montem as suas próprias prestadoras de serviço. Com o aumento da concorrência, o mercado melhora também, pois os clientes estão cada vez mais informados e exigentes, afinal, todos trabalhamos e fora do trabalho somos clientes. Não dá pra fugir da melhoria.
Exatamente. Nós ficamos com o contato do primeiro montador e vamos chamá-lo nas suas horas vagas. Tenho certeza de que ele vai ganhar mais e ser muito mais reconhecido trabalhando por conta própria.