Brasileiros têm baixa produtividade, por quê?
12/03/2018
Produtividade é uma das palavras do momento, mas você sabe se o que você produz está dentro do esperado? Confira…
Produtividade é uma das palavras do momento, mas você sabe se o que você produz está dentro do esperado? Confira o post de hoje!
O The Conference Board avaliou a produtividade dos trabalhadores de 68 países e colocou o Brasil na 52ª posição.
Enquanto um trabalhador americano gera 67 dólares por hora, um trabalhador brasileiro gera 16,6 dólares no mesmo período.
É certo que há empresas onde a infraestrutura é precária, o que diminui a capacidade de produção, porém, a baixa produtividade não acontece apenas em empresas pequenas e com estrutura comprometida, ela é geral e eu e você sabemos bem disso.
O que contribui para que a produtividade no Brasil seja tão baixa – a ponto de precisarmos de 4 brasileiros para realizar o trabalho de 1 americano – são as distrações, as conversas, os atrasos e o mau uso da tecnologia.
Pontualidade é uma coisa com a qual poucos brasileiros realmente se importam. Reuniões dificilmente começam no horário (e boa parte do tempo é usada para assuntos que nada têm a ver com o trabalho)
Prazos raramente são cumpridos e os atendimentos são demorados sem a menor razão, mas, para tudo se tem sempre uma boa “desculpa”.
As justificativas para que a produtividade do brasileiro seja baixa estão na ponta da língua (sempre culpando algo ou alguém), mas a verdade é que, enquanto continuarmos com as desculpas, continuaremos sendo improdutivos .
Neste link você encontra uma matéria de exatamente 1 ano atrás que aponta que a produtividade no Brasil não cresce desde 1980. Não, você não leu errado: é desde 1980 mesmo… Há quase QUARENTA anos a produtividade não cresce, embora tenhamos muita tecnologia para isso!
Um exemplo dos diversos que vivi nos últimos dias: vou a uma lanchonete e peço um capuccino. Pago. Em vez de receber a bebida, recebo uma senha para aguardar.
Aguardo incríveis 10 minutos na mesa em frente ao balcão enquanto observo o movimento das 3 atendentes. Uma limpa o balcão, outra limpa uma das máquinas (às 9h50 da manhã, quando já deveria estar limpa e em pleno funcionamento). A terceira anda de um lado para outro sem a menor pressa e sem realizar nenhuma tarefa. Elas param, conversam de costas para o balcão e não atendem nenhum dos 4 clientes que esperam com as senhas.
Levanto e vou perguntar quando irão servir os pedidos e as três me olham como se eu fosse um ET e dizem que “estão atendendo a todos”.
Espero mais 7 minutos e uma delas vem com toda a calma do mundo, coloca a bandeja na mesa sem dizer uma palavra e volta mais devagar do que veio, mesmo sabendo que havia mais 3 mesas para atender.
Foram gastos 17 minutos (do meu tempo e do delas) para servir 1 capuccino que é feito com o apertar de UM botão… Agora segue a história em números: 3 atendentes, 2 máquinas de bebidas, 17 minutos para atender 1 pedido. Em que país do mundo podemos considerar isso como algo produtivo? Mas eu pergunto a você: será que isso só aconteceu comigo? Será que isso foi um acontecimento isolado? Não, não foi. E você sabe que não.
Amiga, é sua OBRIGAÇÃO usar bem o seu tempo. Não é favor, não é opcional, não é um “plus”, é OBRIGAÇÃO mesmo.
Não faça as coisas com passo de tartaruga, não seja preguiçosa, não se deixe vencer pelo cansaço e não entre nesse ritmo de retrocesso. Não é só você que se cansa, não é só você que gostaria de dormir mais tempo, não é só você que tem mil coisas para fazer, não é só você que tem de fazer coisas das quais não gosta.
Mas nada disso justifica ser relapsa, omissa e não nos dá permissão para desperdiçarmos nosso tempo nem o dos outros.
O brasileiro ganha pouco? Sim, em sua maioria. Mas a maioria dos brasileiros produz muito? Não, quem produz mesmo é uma minoria (que parece diminuir a cada dia). Se você não gera renda, não tem como ter mais renda. Simples assim.
Desejo que você use essas palavras como um incentivo para ser mais diligente e ter uma semana mais produtiva.
Nos vemos!
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Bom dia… obrigada pelo post. Muitas felicidades,vida longa, com muita mais sabedoria e paz. Um ótima semana com muita produtividade a todos.
Bom dia, Paty!
Já sou produtiva, mas não custa nada colar sua preciosa lição no meu armário de roupas, lá em casa!
Obrigada!
Bom dia!!
Patrícia a minha dúvida é: essa produtividade gera lucro a quem?
Porque os trabalhadores, em sua maioria apenas geram lucro aos seus patrões… então se eu produzo mais lucro, no fim das contas apenas quem enriquece é meu chefe.
No entanto, concordo que em tudo na vida devemos seguir nossas obrigações e também os objetivos que temos no trabalho.
Oi, Ana! Um empregador paga o salário de seus funcionários com o lucro que eles mesmos geram. Se um funcionário gera pouco lucro, vai receber pouco. Mas se ele gera muito lucro, esse empregador não vai querer perdê-lo e obviamente vai pagar mais. Ninguém “ganha” salário, mas sim, é remunerado sobre o que gera de lucro. A empresa TEM que lucrar para remunerar. O problema é que as pessoas olham quanto o OUTRO lucra e não olham o que elas produzem.
Opinião vergonhosa da leitora Ana.
O funcionário é contratado pra que mesmo?
Paty, amei o post, maravilhoso!! Essa parte: “Não faça as coisas com passo de tartaruga, não seja preguiçosa, não se deixe vencer pelo cansaço e não entre nesse ritmo de retrocesso. Não é só você que se cansa, não é só você que gostaria de dormir mais tempo, não é só você que tem mil coisas para fazer, não é só você que tem de fazer coisas das quais não gosta. Mas nada disso justifica ser relapsa, omissa e não nos dá permissão para desperdiçarmos nosso tempo nem o dos outros.” passa uma mensagem forte, incrível, que dá ânimo !!! Essa parte aí, deve ser lida várias vezes, sempre que precisar abrir os olhos pra realidade, encarar a vida, partir pra cima…
Obrigada, beijos.
É Realmente verdade,amei o post e vou me atentar mais no meu trabalho,seria muito bom se as pessoas do trabalho vissem o post ?
Excelente o comentário e o pior de tudo isso é quando você fala alguma coisa a s pessoas te olham coo errado e eu acrescento o brasileiro acha que o patrão é quem e não ele funcionário que faz de conta que trabalha.
Boa noite Paty, que post hein??Estou bem insatisfeita com meu trabalho o que muitos dizem,para eu faltar, chegar atrasada etc… Mas decidir ser melhor do que já era, acredito que è uma questão de consideração,inclusive comigo mesma…
Esses dias fui a uma lan house encadernar umas folhas, e enquanto uma atendente encadernava, outro ficava debruçado sobre o balcão observando o movimento de fora do estabelecimento, eram duas apostilas, pedi para ele agilizar para eu pagar, ambos se olharam e me olharam com cara de nojo, e disseram ela ainda não terminou, è demorado isso moça! E continuaram com toda mà vontade do mundo. Mas por outro lado, hoje ganhei o dia com a agilidade e proatividade da atendente do meu plano odontológico, me confundi e paguei a mensalidade de fevereiro 2 vezes, percebi umas chamadas perdidas em meu cel, e decidi retornar, a moça me informou e jà me avisou que iria abater no de marco, e me mandaria um comprovante por e-mail, recebi o e-mail quase que em seguida. O que me fez acreditar que ainda existem pessoas competentes e honestas, podemos dizer que e o trabalho deles, mas vivemos num mundo onde e cada um por si.
bjus
Leila
Existem pessoas muito competentes sim, Leila e vale sempre muito a pena elogiar a conduta desses queridos!! Bjs
verdade…. :/
Olá. Gostei bastante do seu livro e o post tem um ponto interessante, mas é importante lembrar que jogar a culpa da baixa produtividade do país inteiro nas pessoas é bastante problemático. Sou doutoranda em economia e temos infinitas análises sobre a questão da produtividade, que envolve n fatores mais importantes, como a baixa acumulação de capital (que por sua vez é relacionado ao que os mais ricos fazem com o excesso de renda que eles obtém), a baixa escolaridade e a má distribuição dos recursos. Beijos!
Oi, Lucia! O que procuramos fazer aqui no blog é levar às pessoas informações sobre o que elas podem resolver na prática em suas vidas. Não levantamos assuntos sobre o que não podemos fazer, mas sim, sobre o que podemos. Se formos esperar uma distribuição de recursos justa para sermos produtivos, quando seremos? Vim de uma família muito pobre e estudei a vida toda em escola pública, sem livros (porque não tínhamos dinheiro para comprar) e sem perspectivas. Mas quando entendi que a virada no jogo dependia de mim e não de terceiros, a situação mudou. Sei que existem infinitas análises, mas eu foco no que posso e vou em frente (e ninguém me segura!). Beijos!